Na hora de pedir um crédito à habitação é habitual recorrermos ao banco de confiança. Contudo, a melhor maneira de nos assegurarmos que conseguimos o melhor crédito à habitação disponível passa por consultar o mercado e analisar as diferentes ofertas. É recomendável, por exemplo, comparar variáveis como o tipo de taxa, TAEG e MTIC, as comissões e as bonificações que permitem tornar o crédito à habitação mais barato, bem como o prazo máximo possível para contratar o empréstimo.
Com a ajuda do idealista/créditohabitação apresentamos práticas importantes na hora de escolher o crédito à habitação. Toma nota:
Como encontrar o melhor crédito à habitação?
O primeiro fator a ter em consideração é que há muitos créditos à habitação disponíveis, apesar de nem todos oferecerem as melhores condições.
Apesar de visitar o banco de “toda a vida” para perguntar por financiamento para a compra da casa poder parecer ser o mais lógico, a verdade é que esta opção não tem de ser a melhor.
Desta forma, uma vez que saibamos o valor máximo da casa que podemos ambicionar, o primeiro conselho dos especialistas é comparar os empréstimos imobiliários oferecidos pelo setor em geral, negociando as condições e características de cada um deles para sabermos qual nos convém mais e quais podemos descartar à partida.
Uma das formas mais rápidas para saber como está o mercado e o que oferece cada entidade de forma geral é utilizar um comparador de crédito à habitação, cujo funcionamento é bastante simples. No comparador do idealista/créditohabitação, por exemplo, basta introduzires os teus dados para saberes as opções disponíveis para contratar um crédito à habitação quando queres comprar casa.
O que ter em conta quando se compara créditos à habitação?
Alguns dos elementos mais importantes que se tem de avaliar antes de encontrar o melhor crédito à habitação são os seguintes:
TAEG
A Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG) permite percecionar os encargos que vais ter com o crédito à habitação, uma vez que aglomera todos os custos do empréstimo, nomeadamente despesas, comissões ou seguros.
Basicamente, esta taxa mede o custo do empréstimo para a casa face ao montante emprestado.
A TAEG permite comparar diferentes créditos de forma eficaz, desde que as suas características sejam as mesmas, isto é, o mesmo prazo, montante e modalidade de reembolso.
MTIC
O Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) é outro indicador que deves utilizar para efetuares uma comparação entre várias propostas de crédito.
O MTIC reflete o montante total que vais pagar ao longo de todo o período do empréstimo, uma vez que inclui todas os custos do crédito (juros, comissões, impostos e outros encargos).
Este indicador tem maior relevância no início do crédito à habitação, uma vez que alterações na taxa de juro vão influenciar o MTIC.
Nas FINE’s, o valor do MTIC é reforçado com a apresentação do valor a pagar por cada euro que pediste emprestado.
Comissões
Ter o foco na TAEG e no MTIC já nos vai dar uma ideia muito concreta das despesas adicionais que teremos de pagar cada mês, mas convém ter em conta as comissões que podem apresentar cada banco. Por exemplo, a comissão de abertura, comissões de amortização antecipada parcial ou total, comissão de formalização…
Bonificações
Outro fator importante no momento de comparar créditos à habitação são as bonificações, ou seja, os produtos adicionais (vinculação) para se conseguir um spread mais competitivo. Estes produtos podem não ser úteis em muitas ocasiões, como por exemplo se não utilizamos cartão de crédito e “temos” de passar a usar. Contratar vários produtos com o mesmo banco onde fazemos o crédito à habitação pode reduzir o spread do empréstimo, mas é imprescindível analisar os custos desses produtos, já que há bastantes diferenças entre os produtos do mercado.
Além da utilização de cartões de crédito ou da contratação de seguros de vida e da casa, entre a vinculação mais habitual está a domiciliação de salário, abrir um plano de pensões ou fazer transferências periódicas.
Taxa de juro
Esta é uma das características que deves ter em conta quando consultas o mercado, já que determina o dinheiro que vais pagar ao banco pelo empréstimo que te vão fazer.
Atualmente podemos encontrar créditos habitação com uma taxa de juro fixa (que permite pagar o mesmo desde a primeira até à última prestação) ou com uma taxa de juro variável, que estão vinculados a um indexante de referência. O mais habitual é a Euribor, à qual os bancos aplicam um spread, e ambos formam a taxa de juro. Neste sentido, os especialistas recordam que não existe um crédito habitação perfeito, pois tudo depende das circunstâncias pessoais e financeiras de cada pessoa.
Prazo máximo
Este é outro dos fatores a ter em conta ao comparar créditos à habitação. O prazo máximo diz respeito ao tempo máximo em que devemos pagar o empréstimo. Quanto mais alargado for o prazo menor serão as prestações mensais, apesar de também ficarmos a dever dinheiro durante mais tempo e consequentemente pagarmos mais juros ao longo de todo o período que o empréstimo esteve em vigor. Por outro lado, um prazo mais curto implica que teremos prestações mais elevadas, mas também pagamos o empréstimo mais rápido e, no final de contas, suportam menos juros. Lembra-te, quanto maior for o prazo, mais juros acabarás por pagar.
Finalidade do crédito à habitação
A finalidade para a qual solicitamos o crédito à habitação também afeta as condições. Deste modo, ao comparar ofertas, é importante estar certo de que os empréstimos que estamos a comparar são semelhantes. Quando se pede um crédito à habitação para aquisição de habitação principal as condições não são as mesmas caso o pedido seja para habitação secundária, imóvel de banco, terreno para construção, etc.
Em linhas gerais, os bancos estão dispostos a financiar um montante maior no caso de aquisição de habitação principal face à aquisição de habitação secundária, como também muitos oferecem condições mais vantajosas para aquisição de imóveis do próprio banco.
A ajuda de um profissional
Além de todos estes elementos, existem outros que também afetam as condições do crédito à habitação e a possibilidade de aprovação. Por este motivo, na hora de comparar créditos à habitação, convém procurar o apoio de profissionais para estarmos seguros de que tomamos a melhor decisão, já que contam com informação e conhecimento do mercado.
Por último, tem em conta que apenas deves decidir qual o melhor crédito à habitação após aprovação por parte dos bancos e depois de negociadas as condições com cada um. Só assim se podem obter as melhor condições, o que será benéfico no futuro, sem dúvida.
Autor: Idealista
Link: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2021/06/24/47863-como-escolher-o-melhor-credito-a-habitacao-conselhos-praticos