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O sonho americano agora passa por comprar casa em Portugal

Investidores norte-americanos estão de olho no país e a pandemia reforçou o interesse no imobiliário nacional.

Portugal continua a dar cartas no paranoma internacional, e há cada vez mais investidores dos EUA de olhos postos no imobiliário nacional. Dados recentes do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) confirmam, por exemplo, que os norte-americanos passaram a liderar o ranking do investimento captado por via dos vistos gold no país, ultrapassando chineses e brasileiros. O interesse não é de agora, mas tornou-se mais evidente na pandemia, período durante o qual Portugal “provou mais uma vez ser um país que oferece condições extraordinárias para as pessoas viverem”, revela a Head of Residental da JLL, Patrícia Barão, em entrevista ao idealista/news.

Chegam atraídos por condições geográficas e climáticas únicas, pela gastronomia, hospitalidade, e pelo custo de vida que Portugal oferece. O investimento em imobiliário que vem do outro lado do Atlântico começou a ganhar força ainda antes da pandemia. Em 2018, o Washington Post incentivava os norte-americanos a investirem na compra de uma casa em Portugal, nomeadamente em Cascais, indicando a cidade como atrativa e barata para viver confortavelmente, isto é, com uma boa relação qualidade/preço, ou melhor, qualidade de vida/custo de vida.

Os anos passaram, e a atratividade não só mantém-se, como está a crescer. Numa entrevista ao idealista/news, à margem do Salão Imobiliário de Portugal (SIL) de 2022, Patrícia Barão dá nota de que o mercado internacional, com novas nacionalidades, “continua a olhar para Portugal como uma grande oportunidade”, e que “isso acontece agora com o mercado norte-americano, que tem sido um mercado que tem estado muito dinâmico”.

Segundo a especialista em imobiliário residencial, Portugal oferece uma coisa que para os internacionais “é muito importante”: o custo de vida que, para eles, “é muito interessante”. “Depois, os norte-americanos procuram muito o sistema de saúde em Portugal, acham o nosso sistema de saúde incrível. Nós trabalhamos bastante com este público e é incrível ouvi-los a falar disso. Aquilo que para nós, muitas vezes, está associado a algo com tantos defeitos, eles chegam e acham extraordinário”, aponta.

 

Pode ver a notícia na íntegra no website do Idealista.

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Os planos do novo Governo para a habitação e imobiliário

De erradicar a pobreza habitacional a criar mais habitação acessível. Estes são os compromissos do PS para a próxima legislatura.

Os resultados das eleições legislativas 2022 estão à vista: o PS conquistou a maioria absoluta parlamentar, elegendo um total de 117 deputados. Na semana que se inicia a 20 de fevereiro, um novo Governo liderado por António Costa vai assumir as rédeas do país e dar continuidade às políticas públicas de habitação que ganharam força na última legislatura. Mas, afinal, o que podem esperar os portugueses em matéria de habitação e imobiliário para os próximos quatro anos? Desde a erradicação da pobreza habitacional à criação de mais oferta de habitação acessível, passando pelo reforço dos programas de eficiência energética do edificado. Explicamos tudo, tendo por base as medidas desenhadas pelo PS, que poderão, agora, facilmente ver luz verde no Parlamento.

As legislativas 2022 trouxeram várias surpresas, vários derrotados e vencedores. E uma delas foi mesmo a maioria absoluta do PS de António Costa, que deixou, assim, de depender da ‘Geringonça’, dos votos a favor do PCP e do BE para fazer avançar as suas propostas. Recorde-se que foram esses mesmos votos que faltaram na hora de aprovar o Orçamento de Estado para 2022 e conduziram à dissolução da Assembleia da República e à convocação de eleições legislativas antecipadas. O PS passa, portanto, a ter maior facilidade em governar o país, já que basta que os seus 117 deputados eleitos votem a favor das suas medidas para obter luz verde parlamentar.

Isto quer dizer que as medidas apresentadas pelo partido no Parlamento – nesta que é a XV Legislatura da democracia portuguesa – facilmente vão seguir em frente e poderão mesmo ser aprovadas se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, homologar a decisão. Assim sendo, importa saber o quais foram os compromissos assumidos pelo PS no domínio da habitação e imobiliário para ter um vislumbre do que poderá mudar em Portugal nos próximos quatro anos.

O PS reconhece, desde logo, que a habitação esteve durante décadas esquecida e que o “direito à habitação é um direito fundamental”. É por isso que, justifica, a prioridade deste novo Governo deve passar por “promover um amplo parque habitacional público e cooperativo, capaz de dar resposta no mercado de arrendamento”, referem no programa eleitoral para 2022.

A resposta deste novo Governo deverá passar por chegar aos “grupos mais vulneráveis”, como:

  • famílias em situação de carência habitacional;
  • jovens (sobretudo, nos aglomerados urbanos);
  • os mais idosos;
  • agregados com rendimentos baixos e médios que não encontram resposta no mercado habitacional.

Além de querer garantir uma “habitação condigna às pessoas com menos rendimentos”, o partido compromete-se também a “assegurar que as classes médias tenham uma habitação acessível e evitar que a ausência de alternativas se torne um obstáculo à emancipação dos jovens”, dizem. Resta, agora, saber quais são as estratégias a seguir nos próximos 4 anos.

O partido liderado por António Costa reconhece que “é importante dar continuidade à política pública de habitação, que conheceu um grande impulso durante a última legislatura”. Neste sentido e, segundo o seu programa eleitoral 2022, o PS deverá nesta próxima legislatura:

  • Aprovar o Programa Nacional de Habitação, já colocado em discussão pública, de acordo com a Lei de Bases da Habitação, definindo os objetivos, as metas e os recursos a alocar à política de habitação num horizonte de médio prazo;
  • Apoiar as autarquias em matéria de implementação da política de habitação, através de apoio técnico e financeiro para a execução das estratégias locais de habitação;
  • Promover a componente de cooperativismo na habitação;
  • Salvaguardar a previsibilidade e estabilidade na alocação de financiamento acrescido às políticas de habitação.

Dar continuidade às suas políticas de habitação significa reforçar o 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, um instrumento que tem vindo a criar soluções habitacionais direcionadas para as famílias mais carenciadas e que, ao que tudo indica, vai contar com apoio a fundo perdido do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E, para isso, os socialistas deverão aprovar e fazer avançar o seguinte na próxima legislatura:

  • Disponibilizar 26.000 casas até 2026 para responder às situações de maior carência identificadas nas Estratégias Locais de Habitação;
  • Erradicar as principais carências habitacionais até ao 50.º aniversário do 25 de abril, em 2024, alocando os recursos financeiros para aumentar o parque habitacional público;
  • Criar uma Bolsa Nacional de Alojamento Urgente, em cooperação com a Segurança Social, que assegure uma resposta temporária de recurso para as situações de emergência, em complementaridade com a oferta pública de habitação e a ação municipal;
  • Reforçar a garantia do direito à habitação da população mais vulnerável e a equidade de todos no acesso a este direito e intensificar a luta contra a discriminação no acesso à habitação mediante o aumento da oferta pública orientada para os grupos mais vulneráveis;
  • Reforçar os instrumentos de participação dos cidadãos em matéria de política de habitação.

Os socialistas reconhecem que o mercado de arrendamento está, hoje, sufocado e que não consegue criar oferta para a tamanha procura. E neste cenário encontrar uma habitação a um custo acessível e compatível com os rendimentos das famílias é uma missão quase impossível.

É por isso que, segundo dizem no programa eleitoral, “é urgente reforçar os instrumentos de regulação do mercado, através da criação de um parque público para arrendamento a custos acessíveis”. E não só: também irão completar esta oferta dando incentivos aos privados. É neste sentido que o novo Governo do PS compromete-se a assegurar 6.800 casas a custo acessível até 2026, seguindo estas medidas:

  • Criar um parque habitacional público de habitação a custos acessíveis, orientado para dar resposta aos agregados de rendimentos intermédios em situação de dificuldade de acesso à habitação, através da promoção direta e do apoio aos programas municipais;
  • Reforçar a mobilização do património devoluto para o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, com vista à sua reabilitação e disponibilização para arrendamento habitacional a custos acessíveis;
  • Incentivar a oferta privada de arrendamento a custos acessíveis, mediante a implementação do Programa de Arrendamento Acessível (PRA), a dinamização do regime de habitação a custos controlados, com uma taxa de IVA reduzida para a promoção habitacional a custos acessíveis e o incentivo à redinamização do setor cooperativo;
  • Assegurar a acessibilidade total de habitações aos jovens, que poderão beneficiar cumulativamente dos dois instrumentos de apoio (Porta 65 Jovem e Programa de Arrendamento Acessível), duplicando o número de jovens abrangidos;
  • Disponibilizar 15.000 novos lugares de alojamento para estudantes do ensino superior a custos acessíveis até 2026.

“Proteger os direitos e interesses dos agregados familiares que investiram as suas poupanças na aquisição de casa própria” é outro compromisso assumido pelos socialistas. E como é que isso se vai concretizar nos próximos quatro anos? Segundo o partido, as medidas concretas implementar neste sentido passam por:

  • Criar um mecanismo de seguro ou garantia da construção, em articulação com os setores da construção e imobiliário, dos seguros e dos consumidores e dos proprietários, que cubra a responsabilidade por defeitos de construção em caso de insolvência do construtor;
  • Criar melhores condições para a reabilitação e conservação regular dos edifícios em propriedade horizontal;
  • Codificar as normas técnicas da construção, permitindo diminuir a extensão, dispersão, fragmentação e complexidade do quadro regulamentar;
  • Incentivar modelos de negócio que possam dar resposta ao mercado da reutilização, bem como as ferramentas que lhe são inerentes.

 

Para o partido socialista de António Costa, a habitação é um instrumento de inclusão social e coesão territorial, que poderá dar resposta à crise demográfica que o país atravessa. É neste sentido que o próximo governo do PS tem como objetivos:

  • Facilitar a mobilidade habitacional e territorial, mediante a implementação do programa ‘Chave na Mão’ e a criação de condições de mobilidade habitacional no parque de arrendamento público;
  • Implementar o programa ‘Reabilitar para Povoar’, com o objetivo de alargar a oferta de habitação nos territórios do interior a preços acessíveis e apoiar os agregados familiares em matéria de acesso à habitação;
  • Promover a reconversão de territórios críticos e complexos, como as áreas de génese ilegal e de construção informal, mediante a eliminação dos aspetos que dificultem a sua resolução e a mobilização dos apoios financeiros disponíveis para este fim;
  • Implementar o programa ‘Da Habitação ao Habitat’, como via para a promoção da coesão e da integração socio-territorial dos bairros de arrendamento público, com vista à melhoria global das condições de vida dos seus moradores.

Há muito trabalho a fazer para que Portugal atinga a neutralidade carbónica até 2050. E para alcançar há que intervir no parque imobiliário do país. Neste sentido, o partido compromete-se a implementar os investimentos de 610 milhões de euros previstos no PRR no âmbito da eficiência energética, dos quais 300 milhões são destinados à eficiência energética dos edifícios residenciais, tendo especial atenção aos agregados familiares com menores rendimentos. Os outros 310 milhões vão ser alocados à melhoria dos edifícios de serviços do setor privado e da Administração Pública.

A ideia é que a bazuca europeia venha dar um novo fôlego aos programas de apoio focados em tornar os edifícios mais eficientes, como é o caso do Programa Edifício + Sustentáveis, que está a ter uma elevada procura e terá uma dotação total de 60 milhões de euros. Outro programa em vigor é o Vale Eficiência, que pretende combater a pobreza energética e melhorar o conforto térmico das habitações dando 100 mil vales no valor de 1.300 euros cada.

E o partido não pretende ficar por aqui. No programa eleitoral, os socialistas falam ainda em “adotar uma fiscalidade verde em linha com o objetivo de transição justa com uma transferência progressiva da carga fiscal sobre o trabalho para a poluição e o uso intensivo de recursos”. E ainda admitem eliminar isenções e benefícios fiscais prejudiciais ao ambiente. Em matéria de habitação, também haverá mudanças fiscais que “estabeleçam incentivo para a eficiência energética, em particular nos edifícios de habitação”, referem ainda sem, contudo, concretizar quais.

 

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IMI 2022: estes são os concelhos onde a taxa vai descer ou manter-se

Há várias autarquias que decidiram descer a taxa de IMI em 2022, como Braga, Loures e Setúbal. A maioria vai manter este imposto.

Um novo ano está à espreita e importa saber como é que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai mexer com a carteira dos portugueses. Já se sabe que a maioria dos municípios decidiu manter a taxa de IMI em 2022. E há ainda muitas autarquias que vão mesmo descer este imposto. Descobre quais.

Anualmente os municípios fixam as taxas do IMI a cobrar no ano seguinte e comunicam-nas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Claro que a definição destas taxas é feita dentro de limites bem definidos: nos prédios urbanos a taxa varia entre 0,3% e 0,45% e nos prédios rústicos é de 0,8%, de acordo com a informação disponibilizada pelo Portal das Finanças.

Para calcular o IMI a pagar por cada família basta multiplicar a taxa fixada em cada município pelo Valor Patrimonial Tributável (VPT) do imóvel. E como é que se pode fazer baixar o imposto a pagar? Há duas formas: ou pede-se uma reavaliação da casa até dia 31 de dezembro, ou espera-se que o município baixe a taxa de IMI a aplicar. Note-se que o valor médio de construção por metro quadrado (m2) – essencial para calcular o VPT – vai subir para 512 euros já em 2022 e será aplicado a casas recém-construídas ou reabilitadas, tal como explica o idealista/news.

Taxas de IMI 2022 por município – vão baixar ou manter-se?

Já são conhecidas as taxas de IMI a aplicar em 2022 em alguns municípios. Nos 24 concelhos com mais de 100 mil habitantes, sabe-se que as taxas vão manter-se em 16 e baixar em apenas sete, segundo o ECO. Há um autarquia que ainda não divulgou a sua decisão: Coimbra.

Embora as tabelas oficiais ainda não tenham sido publicadas no Portal das Finanças, já vieram a público as intenções de vários munícipes dos 308 concelhos do país sobre esta matéria, revela a mesma publicação.

Consulta as tabelas para saber onde as taxas de IMI vão descer e manter-se em 2022:

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Procura por moradias e terrenos continuou a acelerar no primeiro semestre do ano

Os portugueses pesquisaram mais moradias, terrenos, quinta e herdades para venda no primeiro semestre deste ano. A pesquisa por apartamentos perdeu força em relação aos níveis pré-pandemia, revela um estudo da plataforma Imovirtual.

Mais moradias, quintas e terrenos para venda e menos atenção aos apartamentos. Estas são as primeiras conclusões de um estudo revelado esta segunda-feira pelo portal imobiliário Imovirtual sobre os hábitos de pesquisa dos portugueses no primeiro semestre deste ano.

Segundo os dados do Imovirtual, a procura de casas com mais espaço continuou a subir na primeira metade do ano, num estudo que compara as pesquisas feitas pelos portugueses este ano com dados relativos a 2019, antes da pandemia, e também com o ano passado. A procura por moradias para comprar subiu 36,7% até junho, face ao mesmo período de 2019. Já comparando com a primeira metade de 2020, a subida é de 16,2%, indica o Imovirtual.

Em relação a zonas mais procuradas, Lisboa e Setúbal são as regiões do país onde a procura por moradias mais cresceu face a 2019, com aumentos de pesquisa de cerca de 664,7% e 621,8%, respetivamente. Também o Porto (557,6%), Braga (531,3%) e Vila Nova de Gaia (522,8%) registaram aumentos significativos face à primeira metade de 2019. Mas a procura por moradias nestas cidades já era visível no ano passado: na comparação homóloga, a procura por moradias em Lisboa subiu 3%, mais 1,3% em Braga e 13,6% em Vila Nova de Gaia. Já no Porto e em Setúbal a procura por moradias à venda recuou 1,6% e 0,4%, respetivamente.

Não foi só a procura por moradias que subiu – também os preços acompanharam esta subida das pesquisas. Até junho deste ano, o preço médio das moradias disponíveis para venda subiu 7,92% face a 2019, quando rondava os 388.412 euros, e 3,36% m relação ao período homólogo de 2020, quando o preço médio era de 405.570 euros. No primeiro semestre, o preço médio de uma moradia aumentou para 419.188 euros.

Sem surpresas, Lisboa e Faro são os distritos com os preços de moradias mais elevados no primeiro semestre – 807.621 e 676.196 euros, respetivamente. Em sentido contrário, os dados apontam para a Guarda e Portalegre como os distritos com o preço médio de uma moradia mais baixo, de 121.369 e 125.931 euros, respetivamente.

Outra opção que viu a procura aumentar é a de terrenos para compra. Comparando com o período pré-pandemia, esta foi mesmo a categoria que mais cresceu, nota o Imovirtual, com um aumento de quase 69%. Já em comparação com 2020, a procura subiu 21,3%. As regiões da Charneca da Caparica, Braga, Setúbal, Porto e Lisboa registaram a maior subida na procura relativamente a 2019, com a Charneca da Caparica a ver a procura subir cerca de 608%. Na comparação com a primeira metade de 2020, esta zona da Margem Sul do Tejo continua a liderar as subidas, com um aumento da procura por terrenos nesta zona de quase 22%. Também Braga (+8,1%) e Setúbal (+6,4%) registaram subidas. Em sentido contrário, a procura por terrenos em Lisboa e Porto baixou 6,4% e 2,6%, respetivamente, na comparação com 2020.

A categoria de quintas e herdades para venda registou a segunda maior subida da procura no primeiro semestre, em comparação com o ano pré-pandemia, com um aumento de 43,5%. Já na comparação com o ano passado a subida é mais modesta, de apenas 0,8%. Neste caso, Castelo Branco lidera a subida de procura (cerca de 692%), seguido por Évora (aumento de 513,5%), Santarém (461,7%), Setúbal (402,8%) e Lisboa (323,2%) na comparação com a primeira metade de 2020. Na comparação com o primeiro semestre de 2020, Lisboa, Setúbal e Évora viram a procura por quintas e herdades recuar.

Nesta análise do Imovirtual, os apartamentos representaram a única tipologia em que a procura recuou face a 2019, com uma quebra de 17,2%. Já face ao ano passado, verificou-se uma ligeira subida de 1,7%. Face à primeira metade de 2019, as regiões de Vila Nova de Gaia, Setúbal, Porto, Lisboa e Braga destacam-se. Comparando com a primeira metade do ano passado, a procura por apartamentos em Setúbal e Vila Nova de Gaia cresceu 5,2% e 1,9%, respetivamente, mas caiu em Braga (-19,7%), no Porto (-9,7%) e em Lisboa (-7,8%).

O preço médio dos apartamentos aumentou tanto na comparação de 2019 como com a de 2020. No primeiro semestre deste ano, o preço médio de um apartamento era de 319.368 euros, mais 16,76% face a 2019 e uma subida de 3,42% em relação à primeira metade de 2020.

Lisboa e Faro são também os distritos com o preço médio por um apartamento mais elevado (507.804 euros e 296.240, respetivamente). Também aqui Portalegre e a Guarda são os distritos com o preço médio por apartamento mais barato (87.745 euros e 98.835 euros, respetivamente).

“O comparativo com 2020, ainda que com crescimento mais ténue do que relativamente a 2019, reforça a tendência de consumo já identificada como consequência da pandemia no imobiliário, que é a busca por soluções de habitação com tipologias geralmente associadas a melhor qualidade de vida, que se coadunam com os novos tempos e com as perspetivas de futuro, no qual o trabalho remoto se irá normalizar”, comenta Ricardo Feferbaum, diretor geral do Imovirtual sobre estes dados.

O Imovirtual, portal imobiliário que pertence ao grupo OLX Portugal, recebe mensalmente seis milhões de visitas mensais.

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Comprar casa perto de hospitais, uma tendência pós-pandemia

Estudo da Knight Frank conclui que 57% dos inquiridos prefere viver próximo de bons serviços hospitalares.

Viver numa zona que se encontre perto de bons serviços/cuidados hospitalares é atualmente um dos principais fatores a ter em conta por parte de quem está à procura de casa. Isso mesmo mostram os dados do relatório “Global Buyer Survey 2021 – How are buyers’ priorities, motivations and attitudes changing?”, da Knight Frank.

Segundo o estudo, as necessidades e interesses dos potenciais compradores mundiais mudaram com a pandemia da Covid-19. Os números não deixam margem para dúvidas: 57% dos inquiridos prefere viver mais próximo de bons serviços hospitalares. Em contraste, apenas 35% dos inquiridos prefere residir numa casa que se encontre mais próximo do local de trabalho.

A liderar a lista de prioridades na hora de investir na compra de uma casa estão, no entanto, a proximidade a espaços verdes (68%) e a boa qualidade do ar (65%).

O estudo da Knight Frank permite ainda concluir, por exemplo, que a mudança de casa se deve sobretudo à necessidade de ter mais espaço exterior, com 22% das respostas a serem dadas nesse sentido. Segue-se a necessidade de ter mais espaço no interior da casa (19%) e a mudança de cidade e/ou país (9%).

A Suíça, a França, o Reino Unido, a Austrália e os Emirados Árabes Unidos são, por esta ordem, os cinco países que despertam mais interesse por parte dos investidores que têm em vista uma mudança de casa além-fronteiras.

 

 

 

Autor: Idealista

Link: https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2021/09/07/48793-comprar-casa-perto-de-hospitais-uma-tendencia-pos-pandemia

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Preços das casas subiram 5,2% em Portugal no primeiro trimestre

Na zona euro os preços das casas subiram 5,8%, o que foi o maior crescimento anua desde o último trimestre de 2006.

Os preços das casas registaram um aumento de 5,8% na zona euro e 6,1% na União Europeia (UE), no primeiro trimestre de 2021, face ao mesmo período de 2020, segundo os dados do gabinete de estatística da União Europeia, Eurostat, divulgado esta quinta-feira, 8 de julho.

Trata-se do maior crescimento anual na zona euro desde o último trimestre de 2006, e desde o terceiro trimestre de 2007 na União Europeia. Em relação ao último trimestre de 2020, os preços da aumentaram 1,3% na zona euro e 1,7% na União Europeia.

Os preços das casas subiram 1,3 pontos percentuais (p.p) na UE, face ao aumento homólogo do trimestre anterior (5,8%), enquanto na zona euro o aumento foi de 0,2 p.p, em relação ao trimestre anterior.

Em Portugal, o preço das casas no primeiro trimestre aumentou para 5,2% face ao mesmo período de 2020, e de 1,6% em comparação com o último trimestre de 2020.

Entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos anuais dos preços da habitação no primeiro trimestre de 2021 foram registados no Luxemburgo (17,0%), Dinamarca (15,3%), Lituânia ( 12,0%), República Checa (11,9%) e Holanda (11,3%), verificando-se uma descida dos preços somente no Chipre (5,8%).

Face ao trimestre anterior, os maiores aumentos foram registrados na Estónia (6,6%), Dinamarca (5,8%) e Lituânia (5,0%), enquanto as quebras foram observadas no Chipre (5,8%), Malta (1,6 %) e Eslováquia (1,2%).

 

 

Autor: Rodolfo Alexandre Reis, Jornal Económico

Link: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/precos-das-casas-subiram-58-na-zona-e-61-na-uniao-europeia-no-primeiro-trimestre-760122

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Como escolher o melhor crédito à habitação: conselhos práticos

Guia com tudo o que há a ter em conta na hora de procurar e escolher um empréstimo para a compra de casa.

Na hora de pedir um crédito à habitação é habitual recorrermos ao banco de confiança. Contudo, a melhor maneira de nos assegurarmos que conseguimos o melhor crédito à habitação disponível passa por consultar o mercado e analisar as diferentes ofertas. É recomendável, por exemplo, comparar variáveis como o tipo de taxa, TAEG e MTIC, as comissões e as bonificações que permitem tornar o crédito à habitação mais barato, bem como o prazo máximo possível para contratar o empréstimo.

Com a ajuda do idealista/créditohabitação apresentamos práticas importantes na hora de escolher o crédito à habitação. Toma nota:

Como encontrar o melhor crédito à habitação?

O primeiro fator a ter em consideração é que há muitos créditos à habitação disponíveis, apesar de nem todos oferecerem as melhores condições.

Apesar de visitar o banco de “toda a vida” para perguntar por financiamento para a compra da casa poder parecer ser o mais lógico, a verdade é que esta opção não tem de ser a melhor.

Desta forma, uma vez que saibamos o valor máximo da casa que podemos ambicionar, o primeiro conselho dos especialistas é comparar os empréstimos imobiliários oferecidos pelo setor em geral, negociando as condições e características de cada um deles para sabermos qual nos convém mais e quais podemos descartar à partida.

Uma das formas mais rápidas para saber como está o mercado e o que oferece cada entidade de forma geral é utilizar um comparador de crédito à habitação, cujo funcionamento é bastante simples. No comparador do idealista/créditohabitação, por exemplo, basta introduzires os teus dados para saberes as opções disponíveis para contratar um crédito à habitação quando queres comprar casa.

O que ter em conta quando se compara créditos à habitação?

Alguns dos elementos mais importantes que se tem de avaliar antes de encontrar o melhor crédito à habitação são os seguintes:

TAEG
A Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG) permite percecionar os encargos que vais ter com o crédito à habitação, uma vez que aglomera todos os custos do empréstimo, nomeadamente despesas, comissões ou seguros.

Basicamente, esta taxa mede o custo do empréstimo para a casa face ao montante emprestado.

A TAEG permite comparar diferentes créditos de forma eficaz, desde que as suas características sejam as mesmas, isto é, o mesmo prazo, montante e modalidade de reembolso.

MTIC
O Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) é outro indicador que deves utilizar para efetuares uma comparação entre várias propostas de crédito.

O MTIC reflete o montante total que vais pagar ao longo de todo o período do empréstimo, uma vez que inclui todas os custos do crédito (juros, comissões, impostos e outros encargos).

Este indicador tem maior relevância no início do crédito à habitação, uma vez que alterações na taxa de juro vão influenciar o MTIC.

Nas FINE’s, o valor do MTIC é reforçado com a apresentação do valor a pagar por cada euro que pediste emprestado.

Comissões
Ter o foco na TAEG e no MTIC já nos vai dar uma ideia muito concreta das despesas adicionais que teremos de pagar cada mês, mas convém ter em conta as comissões que podem apresentar cada banco. Por exemplo, a comissão de abertura, comissões de amortização antecipada parcial ou total, comissão de formalização…

Bonificações
Outro fator importante no momento de comparar créditos à habitação são as bonificações, ou seja, os produtos adicionais (vinculação) para se conseguir um spread mais competitivo. Estes produtos podem não ser úteis em muitas ocasiões, como por exemplo se não utilizamos cartão de crédito e “temos” de passar a usar. Contratar vários produtos com o mesmo banco onde fazemos o crédito à habitação pode reduzir o spread do empréstimo, mas é imprescindível analisar os custos desses produtos, já que há bastantes diferenças entre os produtos do mercado.

Além da utilização de cartões de crédito ou da contratação de seguros de vida e da casa, entre a vinculação mais habitual está a domiciliação de salário, abrir um plano de pensões ou fazer transferências periódicas.

Taxa de juro
Esta é uma das características que deves ter em conta quando consultas o mercado, já que determina o dinheiro que vais pagar ao banco pelo empréstimo que te vão fazer.

Atualmente podemos encontrar créditos habitação com uma taxa de juro fixa (que permite pagar o mesmo desde a primeira até à última prestação) ou com uma taxa de juro variável, que estão vinculados a um indexante de referência. O mais habitual é a Euribor, à qual os bancos aplicam um spread, e ambos formam a taxa de juro. Neste sentido, os especialistas recordam que não existe um crédito habitação perfeito, pois tudo depende das circunstâncias pessoais e financeiras de cada pessoa.
Prazo máximo

Este é outro dos fatores a ter em conta ao comparar créditos à habitação. O prazo máximo diz respeito ao tempo máximo em que devemos pagar o empréstimo. Quanto mais alargado for o prazo menor serão as prestações mensais, apesar de também ficarmos a dever dinheiro durante mais tempo e consequentemente pagarmos mais juros ao longo de todo o período que o empréstimo esteve em vigor. Por outro lado, um prazo mais curto implica que teremos prestações mais elevadas, mas também pagamos o empréstimo mais rápido e, no final de contas, suportam menos juros. Lembra-te, quanto maior for o prazo, mais juros acabarás por pagar.
Finalidade do crédito à habitação

A finalidade para a qual solicitamos o crédito à habitação também afeta as condições. Deste modo, ao comparar ofertas, é importante estar certo de que os empréstimos que estamos a comparar são semelhantes. Quando se pede um crédito à habitação para aquisição de habitação principal as condições não são as mesmas caso o pedido seja para habitação secundária, imóvel de banco, terreno para construção, etc.

Em linhas gerais, os bancos estão dispostos a financiar um montante maior no caso de aquisição de habitação principal face à aquisição de habitação secundária, como também muitos oferecem condições mais vantajosas para aquisição de imóveis do próprio banco.

A ajuda de um profissional

Além de todos estes elementos, existem outros que também afetam as condições do crédito à habitação e a possibilidade de aprovação. Por este motivo, na hora de comparar créditos à habitação, convém procurar o apoio de profissionais para estarmos seguros de que tomamos a melhor decisão, já que contam com informação e conhecimento do mercado.

Por último, tem em conta que apenas deves decidir qual o melhor crédito à habitação após aprovação por parte dos bancos e depois de negociadas as condições com cada um. Só assim se podem obter as melhor condições, o que será benéfico no futuro, sem dúvida.

 

 

Autor: Idealista

Link: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2021/06/24/47863-como-escolher-o-melhor-credito-a-habitacao-conselhos-praticos

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Crédito à habitação em Portugal é o segundo mais barato da Zona Euro

Apenas na Finlândia os juros são mais baixos. Em Portugal, a taxa de juro é inferior a 1% desde agosto de 2020.

A corrida ao crédito à habitação está ao rubro em Portugal. As pessoas continuam a apostar na compra de casa – a cultura de ser proprietário está ainda bem vincada no país – e os bancos têm mostrado disponibilidade para emprestar dinheiro barato. Os números mais recentes do Banco Central Europeu (BCE) confirmam, de resto, este cenário: Portugal é o segundo país da Zona Euro com os juros mais baixos, sendo apenas destronado pela Finlândia.

Os dados, relativos a abril de 2021, permitem ainda concluir que as Euribor (a taxa de juro implícita no conjunto dos novos contratos crédito à habitação) mantêm-se em níveis historicamente baixos em Portugal. A taxa é inferior a 1% desde agosto de 2020, encontrando-se atualmente (em abril) em 0,85%. Foi em fevereiro de 2021 que se registou o valor mais baixo desde que há registos no BCE, ou seja, desde janeiro de 2003 – taxa chegou aos 0,75%.

A taxa de juro implícita no conjunto do crédito à habitação varia muito entre os vários países da Zona Euro, sendo a média da região de 1,31%, em abril de 2021. Bem superior, portanto, à verificada em Portugal.

Como se pode ver no gráfico, só na Finlândia os juros são mais baixos, 0,73%. Em Itália e Espanha, por exemplo, ainda se encontram acima da fasquia dos 1%: 1,37% e 1,49%, respetivamente. Já a Irlanda é o país onde os juros são mais elevados (2,70%). Acima do limiar dos 2% estão também Chipre, Lituânia, Estónia, Letónia e Grécia.

Segundo Miguel Cabrita, responsável do idealista/creditohabitação em Portugal, tendo em conta a situação atual, o país está favorecido por dois fatores: “Por um lado, os mínimos históricos da taxa Euribor, e por outro a forte concorrência que existe entre os bancos para atrair clientes”. Quanto ao futuro, o especialista hipotecário antevê que “este cenário se vai manter nos próximos meses, embora não seja possível prever novas reduções nos juros. As previsões são que não há sinais de alteração dos níveis de preços praticados atualmente”, acrescenta.

Crédito à habitação em máximos

O negócio do crédito à habitação está em alta em Portugal, uma tendência que não abrandou com o súbito aparecimento da pandemia da Covid-19, em março do ano passado. Pelo contrário: em abril, os bancos emprestaram 1.220 milhões de euros para a compra de casa, menos que em março (1.382 milhões de euros), mas ainda assim acima da fasquia dos mil milhões. Trata-se, de resto, do segundo valor mais elevado desde janeiro de 2008.

Também as avaliações bancárias para efeitos de concessão de crédito à habitação estão em valores históricos. O valor mediano está a subir desde outubro de 2020, tendo alcançado, em abril, os 1.200 euros por metro quadrado (euros/m2).

De referir ainda que os empréstimos de crédito à habitação com taxas de juro mistas e fixas estão a aumentar, apesar das operações associadas às taxas variáveis ainda representarem a maioria dos novos montantes contratados no país. No primeiro trimestre, 68,6% do crédito à habitação concedido foi através da taxa de juro até 12 meses, tendo o restante montante sido feito com taxas de juro acima de dois anos, sendo a maior fatia correspondente a soluções com taxa fixa.

Na verdade, tem-se vindo a assistir a uma redução das taxas de juros dos créditos à habitação tanto na oferta de taxa variável como na oferta de taxa fixa. Segundo o comparador do idealista/créditohabitação, é possível encontrar empréstimos de taxa variável com spreads a partir de 0,95% e de taxa fixa a partir de 1,40%, com bonificação (os mais comuns são a domiciliação de salário, contratação de seguro de vida ou multirriscos).

Condições que mostram que os bancos estão em plena guerra comercial para captar novos clientes, o que pode ser encarado como uma vantagem para quem precisa de financiamento para a compra de uma casa.

Os “segredos” para ter um crédito à habitação

Primeiro há que ter em conta que os bancos que mais financiam estão dispostos a emprestar até 90% (menor valor entre avaliação e compra), apesar da tendência mais conservadora por parte de alguns bancos. Ou seja, é necessário ter poupanças suficientes para, pelo menos, cobrir os 10% restantes, sem esquecer os impostos e as despesas da operação.

Contudo, a equipa do idealista/créditohabitação recorda que “pode haver outras soluções para empréstimos que não se enquadram nestes rácios e que existem produtos no mercado que ajudam no processo de troca de casa”.

Quem não tiver poupanças suficientes pode procurar imóveis de bancos, sobre os quais é possível obter financiamento até 100% do valor de aquisição. Outra opção é adquirir imóveis em planta, pois é possível ir pagando mensalmente algum montante enquanto a casa está em construção, com a finalidade de conseguir o valor mínimo necessário para obter o empréstimo no momento da entrega das chaves.

Na hora de pedir um crédito à habitação, Miguel Cabrita aconselha os consumidores a analisarem quais os bancos e produtos que se enquadram nas suas necessidades.

Os passos a dar para conseguir um empréstimo para comprar casa

Uma vez identificadas várias ofertas que se ajustam ao perfil pretendido, convém “pedir condições a diferentes entidades”, nas quais se especifica, sempre com carácter orientativo, as condições financeiras do crédito à habitação e as comissões a cargo do cliente. Se solicitado, a entidade bancária é obrigada a entregar-te de forma gratuita uma FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia), cujo conteúdo é regulado pelo Banco de Portugal, recordam os especialistas do idealista/créditohabitação. Em caso de dúvida, convém recorrer à ajuda de um intermediário de crédito, que costumam ter acordos com a maioria dos bancos, conhecem o mercado e podem acelerar os procedimentos, referem.

Depois de eleito o banco onde se quer pedir o empréstimo, o cliente pode dirigir-se diretamente para apresentar toda a documentação. Após a apresentação dos documentos – podem ser consultados neste link –, há que esperar a resposta do banco, isto é, se concede ou recusa o empréstimo. Habitualmente pode demorar cerca de uma semana, dependendo do banco.

“Com a avaliação, a entidade emitirá a FINE de aprovação, ou seja, a oferta definitiva. Trata-se de um documento que deve conter todas e cada uma das condições financeiras do contrato (montante, nº de prestações, comissões, prazos de revisão…) e terá uma validade de 30 dias, período durante o qual as condições estarão vigentes, sendo que se terá de respeitar o período mínimo de 7 dias para reflexão”, esclarecem desde o idealista/créditohabitação. Esta oferta evita desentendimentos das negociações verbais e em alguns casos leva ao pagamento de uma comissão (comissão de estudo), mesmo que o cliente desista do processo.

 

 

Autor: Idealista

Link: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2021/06/17/47762-credito-a-habitacao-em-portugal-e-o-segundo-mais-barato-da-zona-euro

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Como ter uma casa sempre fresca sem ar condicionado?

Há vários truques para manter a casa fresca e arejada durante o verão. Manter as janelas abertas no momento certo e usar plantas são dois exemplos.

O verão está a chegar e consigo traz os primeiros dias quentes. Este é o momento para pensar em formas de manter a casa sempre fresca e arejada e pronta para enfrentar os dias mais quentes da estação. Se não tiveres ar condicionado, não te preocupes, há outras formas de fazer a temperatura da tua casa descer alguns graus. Como? A Habitissimo reuniu algumas dicas que te podem ajudar.

Janelas são importantes

As janelas são um dos pontos delicados de uma casa, quando se trata de questões de eficiência energética. Se tiverem um vidro duplo, a transmissão térmica para o exterior será muito mais baixa. É certo que mudá-las é uma (grande) despesa, mas pode trazer duas grandes vantagens: primeiro irá permitir ter uma casa mais fresca durante o verão e, depois, irá também reduzir a conta do aquecimento no inverno, pelo que é um investimento que deve ser tido em conta.

É precisamente através das janelas que conseguimos aproveitar as correntes de ar para manter a casa mais fresca. Se o sol estiver forte, a melhor coisa a fazer é ter janelas fechadas, persianas para baixo e toldos estendidos. Quando a noite chegar, deverás fazer exatamente o contrário, porque as correntes de ar ajudarão a melhorar ligeiramente a temperatura da casa.

Portas também ajudam

As portas podem servir de apoio às janelas. Durante o dia, o conselho passa por fechar as portas dos quartos que não estejam a ser utilizados para evitar que o calor se espalhe pela casa. À noite, qualquer porta aberta na casa ajudará a gerar as correntes de ar que irão baixar a temperatura no interior da casa. Se abrirem para um jardim ou para um terraço tanto melhor, as plantas ajudam, e muito, a arrefecer o ambiente.

O poder das plantas

Sim, as plantas podem ser excelentes aliadas para manter a casa fresca e agradável durante o verão. Devem regar-se à noite, pois a água levará mais tempo a evaporar e a humidade gerada ajudará a tornar a atmosfera menos asfixiante. Mas este não é o único motivo pelo qual as plantas podem contribuir para o conforto térmico da tua casa. Se forem colocadas nas fachadas sob forma de jardim vertical, servem de parapeito contra o sol e melhoram o isolamento.

Ligar eletrodomésticos? É melhor à noite

Se pretendes ligar os grandes eletrodomésticos, recomenda-se que o faças à noite. Isto porque as máquinas (como a de lavar a louça e a de lavar roupa) emitem calor. Para evitar que este calor se espalhe por outras divisões podes sempre fechar as portas. Se aderiste à tarifa da eletricidade que define um período mais económico à noite, esta é uma forma de ainda poupares dinheiro.

Por outro lado, muitas vezes precisamos de cozinhar durante o dia. Neste caso, o truque passa por ligar sempre o exaustor, quer precises dele ou não. Para além dos fumos e cheiros, o exaustor irá retirar parte do calor gerado.

Escolher lâmpadas LED

As lâmpadas LED têm muitas vantagens: são muito eficientes, têm uma vida longa e, além disso, podem ser ótimos objetos de decoração. Mas quando chega o verão, elas têm uma vantagem adicional: não emitem calor. Mais um motivo, sem dúvida, para mudar as lâmpadas velhas que tens por casa.

Ventiladores – uma alternativa

O ventilador não pode faltar na lista. Este é um aparelho muito mais barato do que o ar condicionado. E, depois, consome menos energia e pode baixar a temperatura vários graus se for utilizado corretamente. Ligá-lo quando as janelas estiverem abertas é uma boa solução, pois ajuda a distribuir o ar fresco que entra através das janelas. E, se colocares um recipiente com gelo num local onde o fluxo de ar possa chegar, muito melhor.

Há outros truques que também podem ajudar a manter a casa mais fresca mesmo sem ar condicionado: trocar os têxteis por outros mais leves (como o linho ou o algodão), colocar fitas isoladoras nas portas e janelas para evitar a entrada de ar quente através das fendas ou desligar aparelhos eletrónicos que não estão a ser utilizados (em stand-by também geram calor, para além de consumirem energia).

 

 

Autor: Idealista

Link: https://www.idealista.pt/news/decoracao/conselhos/2021/06/08/47644-como-ter-uma-casa-sempre-fresca-sem-ar-condicionado

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Preço das casas para arrendar desce 0,1% em abril

Fixa-se agora em 11 euros por m2. Em relação à variação trimestral, a descida foi de 1,4%. Face a abril do ano passado, a descida foi de 7%, revela o índice de preços do Idealista.

Os preços das casas para arrendar em Portugal apresentaram uma descida residual de 0,1% em abril, fixando-se em 11 euros por metro quadrado (m2), revela nota enviada ao Notícias ao Minuto. Em relação à variação trimestral, a descida foi de 1,4%. Em termos anuais, ou seja, face a abril do ano passado, a descida foi de 7%.

Estes dados constam no índice de preços do Idealista, onde são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos seus anunciantes.

No Algarve assistiu-se a maior subida dos preços

Durante o mês de abril, os preços das casas para arrendar desceram no Alentejo (-3,4%), na Região Autónoma da Madeira (-1,3%), no Norte (-0,7%) e na Área Metropolitana de Lisboa (-0,6%).

Por outro lado, foi no Algarve onde se assistiu a uma maior subida dos preços, sendo a subida de 1,8%, seguida pelo Centro (1,1%) e Região Autónoma dos Açores (0,5%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 12,5 euros por m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve e Norte (9,2 euros por m2 em ambas as regiões) e Região Autónoma da Madeira (8,2 euros por m2).

Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (6,4 euros por m2), o Alentejo (6,8 euros por m2) e a Região Autónoma dos Açores (7,3 euros por m2) que são as regiões mais baratas, refere o mesmo comunicado.

Maiores descidas em abril tiveram lugar em Vila Real (-8,6%)

Dos distritos analisados, as maiores descidas em abril tiveram lugar em Vila Real (-8,6%), Santarém (-4%), Ilha da Madeira (-1,3%), Braga (-1,1%) e Aveiro (-0,9%). Seguem-se na lista Lisboa (-0,6%), Viseu (-0,4%) e Porto (-0,3%). Os preços em Setúbal mantiveram-se estáveis durante este período.

No sentido contrário, aumentaram em Coimbra (4%), Castelo Branco (3,1%), Viana do Castelo (2,5%), Ilha de São Miguel (2,2%), Faro (1,8%) e Leiria (0,1%).

Ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é Lisboa (12,8 euros por m2)

Segue-se o Porto (9,9 euros por m2), Faro (9,2 euros por m2), Setúbal (8,5 euros por m2) e Ilha da Madeira (8,2 euros por m2). Arrendar casa na Ilha de São Miguel custa 7,7 euros por m2, em Coimbra 7 euros por m2, Aveiro 6,9 euros por m2 e Braga 6 euros por m2.

Já os preços mais económicos, salienta ainda o mesmo comunicado, encontram-se em Vila Real (4,5 euros por m2), Santarém (4,8 euros por m2), Castelo Branco (4,9 euros por m2), Viseu (5,2 euros por m2), Viana do Castelo (5,5 euros por m2) e Leiria (5,7 euros por m2).

Preço de arrendamento desceu em 9 capitais de distrito

Com Évora (-7,4%) e Castelo Branco (-5,5%) a liderar a lista, lê-se em comunicado. A acompanhar esta descida de preços seguem-se Ponta Delgada (-2,5%), Viseu (-2,3%), Braga (-1,8%), Funchal (-1,7%), Setúbal (-1,1%), Lisboa (-0,9%) e Porto (-0,2%).

Por outro lado, os preços aumentaram em Faro (4,5%), Viana do Castelo (3,9%), Coimbra (3,8%), Leiria (3,5%) e Aveiro (0,6%).

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 13,4 euros por m2.

Porto (10,6 euros por m2) e Faro (8,4 euros por m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Já as cidades mais económicas são Castelo Branco (4,4 euros por m2), Viseu (5,1 euros por m2) e Leiria (5,1 euros por m2).