Dicas de especialistas para atingir com sucesso o objetivo de ter o dinheiro suficiente para concretizar o sonho de comprar casa.
Está nos teus planos comprar casa nos próximos tempos? Comprar uma casa é um sonho para grande parte dos portugueses. É um momento muito importante, que vai marcar a vida durante muitos anos e que requer muita pesquisa e planeamento financeiro. O tempo em que os bancos financiavam a 100% o crédito habitação já terminou e é preciso conseguir dinheiro para a entrada da casa e cobrir os gastos de aquisição.
Segundo últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no primeiro semestre de 2021 os bancos financiaram mais 45% de crédito habitação do que no mesmo período de 2019. Isto traduz-se numa média superior a 40 milhões por dia para comprar casa.
Crédito habitação a 100%, uma realidade do passado
O tempo em que os bancos financiavam a 100% o crédito habitação já terminou definitivamente, tal como recorda o Contas €m Dia neste artigo preparado para o idealista/news. Desde Julho de 2018 o Banco de Portugal estipulou que os bancos podem financiar no máximo 90% do menor valor entre o preço de aquisição e o valor de avaliação bancária do imóvel, e este valor ainda varia de banco para banco e de caso para caso.
É importante explicar este ponto em detalhe pois causa sempre muitas dúvidas. Na prática, e tal como explicam as especialistas na área das finanças pessoais isto significa que terás de dar de entrada pelo menos 10% do preço de aquisição.
Mas isto apenas é verdade se a avaliação for igual ou superior ao preço de aquisição! Caso a avaliação seja inferior, o financiamento será apenas de 90% da avaliação, logo a entrada será de mais de 10%.
Exemplo
Se uma casa for comprada por 120 000 mas a avaliação for de 100 000, o valor financiado será no máximo 90 000, logo a entrada terá de ser de pelo menos 30 000, ou seja 25% do preço de aquisição!
Dicas para conseguires poupar dinheiro para a entrada da casa
Tirar uma “selfie” financeira
1 – Analisa a tua situação económica: Quais os rendimentos e quais os gastos (fixos e variáveis). Ter um orçamento mensal realista. Evitar a contabilidade a “olhómetro” e ter todos dados registados é a melhor forma de perceber a realidade das finanças pessoais. Idealmente o valor das despesas fixas não deverá ser superior a 50%.
2 – Analisa a tua situação profissional: Existem inúmeros fatores importantes que os bancos têm em consideração para análise de crédito, e a situação profissional é muito importante! Apresentas estabilidade financeira? Que histórico tem de rendimentos? Estás efetivo?
Saber quanto vais precisar para a entrada da casa
1 – O valor necessário para entrada vai depender do valor da casa. Escolhe a casa com base no orçamento mensal. Parece óbvio, mas é fácil cair na tentação de querer comprar uma casa mais cara do que realmente cabe no orçamento.
2 – O valor de entrada deve ter origem em capitais próprios, ou seja, poupança. É um erro pedir financiamento para a entrada. Isso pode inviabilizar todo o processo de aprovação de crédito.
3 – Para além do valor de entrada é necessário não esquecer os restantes encargos: comissões bancárias, IMT, IMI, Imposto de Selo, entre outras a acrescer.
Qual a percentagem necessária face ao valor de aquisição?
De forma resumida o valor que será necessário para fazer face à entrada e impostos e outros custos adicionais são 15% do valor de aquisição (caso a entrada seja de 10%) para habitação própria permanente e 25% do valor de aquisição (caso a entrada seja de 20%) para Habitação Secundária.
Para calcular o valor de IMT recomendamos este simulador: Simulador de IMT e IS | APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal.
O que fazer para atingir este objetivo com êxito
Depois de teres a tua fotografia financeira atual e saberes que valor vais precisar, é necessário por mãos à obra para conseguir atingir o valor que precisas. Deixamos aqui algumas sugestões que permitirão acelerar a tua capacidade de poupança, sendo que ajudar a planear o sonho de comprar casa foi dos maiores pedidos ao Contas €m Dia dos últimos meses, segundo contam ao idealista/news.
1 – Aumentar fontes de rendimento e poupança. Vender coisas usadas em sites de 2ª mão, fazer trabalhos pontuais/part-time.
2 – Tem especial atenção aos encargos regulares. Otimiza as faturas mensais e cancela serviços que não uses.
3 – Desafia-te a viver abaixo das tuas possibilidades. Poupar de forma consistente!
Autor: Idealista